segunda-feira, 17 de novembro de 2008

SEM


















para um amigo

Em lugar de carta, derradeiro esboço.
A vista opaca da sacada,
(ar) riscava o eterno moço
La vie
La mort
AZUL
desamparada.


Casagemas, lança fora a dor.
Desveste o corpo de tez pálida.
Não foi por falta de um amor (?)
Foi por outra falta,
Mais outra,
E outra,
Outra alma, árida.


Vertigem, grito sussurro soçobro socorro amparo desamparo desalento desacerto desespero desvario disparate devaneio devanei ode vanei o convênio incêndio indecência indecifrável indolor inodoro imperdoável cara choro cala coro cama conto cala fala acode acorde dorme sonha some sempre nunca pára onde para onde pára. Vertigem.
Clama todos para baixo. Quando se olha demais parece tão perto que não há porque não. Outralmárida.


E todo dia o menino fugia
Todo dia o menino voltava
Tanta liberdade queria
Que esqueceu onde morava


Fugiu o poeta
Prosélito de bares,
Fugiu o pintor
Traço de vertigem pelos ares
Fugiu o menino que fugia
Que cantava quintanares
Fugiu.


“Um outro mundo existe.., uma outra vida...
Mas de que serve ires para lá?
Bem como aqui, tu’alma atônita e perdida
Nada compreenderá...”



Último salto de liberdade.

Saudade.


Um comentário:

Anônimo disse...

“Um outro mundo existe.., uma outra vida...