quinta-feira, 1 de março de 2007

COMUNIDADE: JÁ FIQUEI, SÓ DE CUECAS ,PRESO NUMA GRADE

Lembram daquele cara que tentou roubar uma casa e quando foi sair, ficou preso na grade da janela? Apareceu na tevê, os policiais algemando ele, depois serrando as grades enquanto ele só olhava com aquela cara de “que idéia idiota que eu tive”. O que nunca entendi foi porque ele tava só de cueca. Que tipo de gente vai assaltar uma casa só de cuecas? (Se você responder “alguém que só tem cuecas” te arrebento).

Tá bom, eu sei, não deve ter um código de conduta ao cometer crimes, mas o que quero dizer é: pô!? Cuecas!?

Na minha opinião, ele tinha tudo planejado, afinal ninguém pode ser tão idiota a ponto de tentar passar por uma grade feita pra ninguém conseguir passar. Ficou de cuecas só pra aparecer na televisão e dizer pros amigos que tava traçando a dona da casa.

É... mas nesse caso a cara de “que cagada!” não seria facilmente explicada.

Talvez ele tenha calculado mal a dose de pó de pirim pim pim, acabando o efeito justo na hora de passar pela grade, fazendo ele voltar a forma normal e ficar preso. E a cueca? Bem, a capa de invisibilidade dele teria caído também, ou seu colega Harry fugiu com ela. Ou quem tenha usado pó de pirim pim pim demais tenha sido eu.

Acho que isso tudo é irrelevante dado às circunstâncias agravantes pós-assalto-de-cuecas filmado e transmitido em rede nacional (sorte que não tinha youtube naquela época). Depois desse assalto a vida desse cara desmoronou. Ninguém levava ele a sério.

- Passa a grana, isso é um assalto!

- Ai que susto cara! Quase não te reconheci de roupa.

- Cala a boca e passa a carteira!

- A carteira até que passa, mas você é bem capaz que não (risadas frenéticas).

E assim por diante, só se agravava. Sem dinheiro pra comer foi obrigado a vender suas roupas. Com isso, foi reconhecido e zoado ainda mais facilmente.

Com passado criminoso, ficha sujíssima, inaptidão total para qualquer trabalho, e pouquíssima leitura, só lhe restava virar pastor. Mas por pior que fosse sua situação, ainda tinha princípios e preferiu ser vagabundo mesmo, assim poderia contribuir mais com a sociedade.

Não é que o destino e sua “fotogêniquisse” o trouxeram novamente diante das câmeras! Lá estava ele, cantando para nosso repórter: “iê iê iê iê, u cão foi qui botô pá nóis bebê”. Jeremias estava voltando com tudo. Agora está se candidatando a deputado com a promessa da reforma política no número de contingente da câmara: “se eu pudé mato mais di míu, queu sô caba hómi!”. E com youtube e afins, todos apoiando ele, tem grandes chances de ganhar.

Pois é meu amigo, nessa geração de sanduíche-iche, e sapoinhôooooo, quem bolar a coisa mais idiota possível é rei. Eu fiz minha parte escrevendo isso, e você a sua lendo. Sorte que não estamos na internet. Ou estamos? Se estamos já era.

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